terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em São Paulo a Culpa é da Bandeira ou do Jason

Sistema de governo paulista tem sido omisso ao transferir a responsabilidade do estado para o cidadão.

O PSDB está no comando do estado mais rico da Federação há 15 anos, neste período demonstrou ser omisso em diversos seguimentos, o futebol, tema deste blog não escapou a covardia do Estado.

Em 1995 São Paulo e Palmeiras disputaram a final da Copa São Paulo de Juniores no estádio do Pacaembu, paralelamente a disputa no gramado iniciou-se nas arquibancadas uma briga entre as torcidas. O quebra pau tornou-se generalizado e a selvageria culminou com a morte de Márcio Gasparin da Silva. O jovem torcedor do São Paulo, 16 anos, foi morto após receber uma paulada na cabeça, o artefato usado para cometer o crime seria o mastro de uma bandeira.

Como resposta o governo baixou uma lei estadual proibindo bandeiras nos estádios paulistas, ou seja, transferiu a responsabilidade ao público. Analisando esta decisão em devaneio, é possível dizer que o maior culpado pela morte do adolescente foi o cruel mastro da bandeira.

De lá para cá se passaram quase 15 anos, fatos e dados mostram que a proibição das bandeiras não fez diminuir a violência no futebol, sim deixou o espetáculo empobrecido.

A polêmica da vez é a proibição, para os são-paulinos, de adentrarem ao estádio, portanto a terrível máscara do Jason, personagem de filme de terror. A alegação é de que a máscara impede o reconhecimento do torcedor. (desculpem a repetição de palavras derivadas do proibir, é que são muitas as proibições).

Mais uma vez se transfere o ônus da segurança para o público. “Se for assim o sujeito não vai poder entrar no estádio com a máscara protetora contra a gripe suína”, disse Mano, personagem hilário do programa Estádio 97.

As bandeiras, e o folclore são os figurinos das torcidas nos estádios. Como mais uma vez me disse Erivelton, amigo direitista, “daqui a pouco farão do estádio um concerto de ópera, e teremos de ir todos de paletó ou similar”. Medidas cerceadoras afastam os torcedores dos estádios, contribuem para a crescente elitização do futebol e não diminui a violência entre as torcidas.

Para conseguir êxito nesta empreitada, que reconheço não é nada fácil, Ministério Público, cartolas e legisladores deveriam implementar medidas que punissem os agressores de forma rigorosa, não o futebol. O Estado por sua vez, se usasse seu aparelho policial de forma preventiva a hostilidades, cumpriria seu papel para com os cidadãos.

Por: Gutemberg M. Tavares

4 comentários:

Anônimo disse...

Valeu pela citação Gutemberg...e a proposito, onde há cameras nos estádios??????

Erivelton Mesquita

Anônimo disse...

Falow veltão!!!

Gutemberg

Gilson Motta disse...

Pois é Gutemberg, concordo que não seja a medida certa a longo prazo retirar as bandeiras ou então as próprias máscaras dos estádios.

Acontece que não há possibilidade de, a curto prazo, mudar a mentalidade de toda uma geração que cresceu em meio à esses atos que nos espantam cada vez mais.

É claro que em 15 anos isso já poderia ter mudado, mas você sabe neh... estamos falando de Brasil!

Abraços!

Anônimo disse...

Sim Gilsão... mas certas medidas são para Inglês ver... entende!?

Gutemberg