Sistema de governo paulista tem sido omisso ao transferir a responsabilidade do estado para o cidadão.
O PSDB está no comando do estado mais rico da Federação há 15 anos, neste período demonstrou ser omisso em diversos seguimentos, o futebol, tema deste blog não escapou a covardia do Estado.
Em 1995 São Paulo e Palmeiras disputaram a final da Copa São Paulo de Juniores no estádio do Pacaembu, paralelamente a disputa no gramado iniciou-se nas arquibancadas uma briga entre as torcidas. O quebra pau tornou-se generalizado e a selvageria culminou com a morte de Márcio Gasparin da Silva. O jovem torcedor do São Paulo, 16 anos, foi morto após receber uma paulada na cabeça, o artefato usado para cometer o crime seria o mastro de uma bandeira.
Como resposta o governo baixou uma lei estadual proibindo bandeiras nos estádios paulistas, ou seja, transferiu a responsabilidade ao público. Analisando esta decisão em devaneio, é possível dizer que o maior culpado pela morte do adolescente foi o cruel mastro da bandeira.
De lá para cá se passaram quase 15 anos, fatos e dados mostram que a proibição das bandeiras não fez diminuir a violência no futebol, sim deixou o espetáculo empobrecido.
A polêmica da vez é a proibição, para os são-paulinos, de adentrarem ao estádio, portanto a terrível máscara do Jason, personagem de filme de terror. A alegação é de que a máscara impede o reconhecimento do torcedor. (desculpem a repetição de palavras derivadas do proibir, é que são muitas as proibições).
Mais uma vez se transfere o ônus da segurança para o público. “Se for assim o sujeito não vai poder entrar no estádio com a máscara protetora contra a gripe suína”, disse Mano, personagem hilário do programa Estádio 97.
As bandeiras, e o folclore são os figurinos das torcidas nos estádios. Como mais uma vez me disse Erivelton, amigo direitista, “daqui a pouco farão do estádio um concerto de ópera, e teremos de ir todos de paletó ou similar”. Medidas cerceadoras afastam os torcedores dos estádios, contribuem para a crescente elitização do futebol e não diminui a violência entre as torcidas.
Para conseguir êxito nesta empreitada, que reconheço não é nada fácil, Ministério Público, cartolas e legisladores deveriam implementar medidas que punissem os agressores de forma rigorosa, não o futebol. O Estado por sua vez, se usasse seu aparelho policial de forma preventiva a hostilidades, cumpriria seu papel para com os cidadãos.
Por: Gutemberg M. Tavares
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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4 comentários:
Valeu pela citação Gutemberg...e a proposito, onde há cameras nos estádios??????
Erivelton Mesquita
Falow veltão!!!
Gutemberg
Pois é Gutemberg, concordo que não seja a medida certa a longo prazo retirar as bandeiras ou então as próprias máscaras dos estádios.
Acontece que não há possibilidade de, a curto prazo, mudar a mentalidade de toda uma geração que cresceu em meio à esses atos que nos espantam cada vez mais.
É claro que em 15 anos isso já poderia ter mudado, mas você sabe neh... estamos falando de Brasil!
Abraços!
Sim Gilsão... mas certas medidas são para Inglês ver... entende!?
Gutemberg
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