terça-feira, 23 de setembro de 2008

Manifeste Sua Opinião e Ganhe Um Livro.

Prêmio para melhor sugestão.

Visando estimular a participação e receber críticas, pedimos aos leitores que postem sua crítica no texto abaixo, “Brasil – Copa do Mundo 2014”, ao fazê-lo deixe uma sugestão para mascote da Copa de 2014, no Brasil.

O dono da melhor sugestão ganhará uma edição do livro “Triste Fim de Policarpo Quaresma” de Lima Barreto, ou “O Cortiço” de Aluisio Azevedo.

O leitor pode deixar mais de uma sugestão desde que seja em post diferente, os critérios serão a originalidade e criatividade, e serão avaliados por Zau.

Resultado dia 14 de outubro de 2008.

Gutemberg Mendes Tavares.

Brasil – Copa do Mundo de Futebol 2014.

No dia 22 de Setembro, última segunda-feira, a (FIFA), Federação Internacional de Futebol Association, anunciou um Leopardo como mascote para a copa de 2010, que será realizada na África do Sul.

Jérôme Valcke, Secretário-geral da entidade, destaca que Zakumi como é chamado o mascote, representa o povo, a geografia e o espírito da África do Sul.

O nome foi escolhido por tratar-se de uma combinação de palavras em dialetos africano, como "ZA", abreviação para África do Sul, mais "kumi", forma escrita do número dez em alguns países do continente.

Mais apaixonado por futebol do que os africanos somos nós brasileiros, e sabendo que após a copa da África do Sul o maior evento esportivo do planeta será realizado no Brasil, “O País do Futebol”, alguns brasileiros como eu apesar da distância já imaginam a realização do evento.

Entendo ser até um tanto quanto precoce, porém por ser o Brasil o país sede da copa 2014, aproveito o gancho e questiono sobre qual seria o mascote ideal para Copa do Mundo de 2014.

Sabendo que a (FIFA), é quem da o aval final para a escolha do mascote, resta-nos esperar que sejam coerentes e escolham um personagem que tenha identificação com a cultura de nosso país.

Poderia ser um Índio, homenagearia o povo que por vezes foi tido como o problema de nossa sociedade, quando na verdade deveria e deve ser motivo de orgulho como bem manifestou Oswald de Andrade.

Quem sabe uma ave – Arara - expressaria toda nossa riqueza da flora e fauna.

Talvez o Saci-Perere, personagem criado por monteiro lobato que ressalta a irreverência e o negro brasileiro ou ainda todo o sítio do Pica Pau Amarelo.

Possibilidades e candidatos temos aos montes, só espero que não façam como nos jogos pan-americanos, realizados no Rio de Janeiro em 2007, onde o mascote se chamava “Cauê”...

Escolher o sol como personagem até pode-se considerar, uma vez que o Rio tem exuberantes praias e um verão dos melhores, agora o nome “Cauê” mostra-se totalmente incoerente com o Rio de Janeiro e com qualquer outro lugar do Brasil.

Ao olhar quem esteve por trás da escolha “PlimPlim”, já não se fica tão espantado, na ilusão de interatividade eles deixaram a cargo de seus expectadores a escolha do nome, e veja no que deu!


Gostando ou não de futebol todo brasileiro sabe a importância que este esporte tem em nossa cultura e sociedade, isto é histórico, haja visto a final da copa de 1950, onde o Brasil saiu derrotado por 2 tentos a 1 para a Celeste, seleção do Uruguai. “Sem dúvida um dos três maiores velórios já vistos por estas bandas”.

Cabe a nós que gostamos de futebol e ainda mais do Brasil, ficarmos atentos e tentarmos de alguma forma estimular a escolha - não só para a Copa do Mundo, más para qualquer outro evento - de pernosagens inerentes a nossa história e assim vermos nossa cultura um pouco mais prestigiada.

“No Brasil uma Copa do Mundo não é simplesmente uma disputa de partidas de futebol, este evento trás alto grau de simbolismo e sentimentalismo, até mais que uma eleição presidencial, felizmente ou infelizmente”. Gutemberg Tavares.

Gutemberg Mendes Tavares.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Que de la mano de Johan Cruyff...



Nessa terça-feira começou a Champions League 08/09, diferente do início da década de 90, quando somente jogavam os campeões, fazendo jus ao nome. Hoje a liga conta até com times que se classificaram ficando com a quarta colocação no campeonato local. Tudo bem vai, é a dinâmica do futebol, diriam uns sábios.

Para disputar a finalíssima de 92, entraram em campo Barcelona, que viria a sagrar-se tetracampeão espanhol (90/91, 91/92, 92/93, 93/94), e Sampdoria, pela primeira vez a campeã italiana. Abaixo seguem as disposições táticas:


Na memória dos torcedores culés estava fresca a derrota em 1986, contra o Steua Bucarest, no belo campo do Sevilla. Mas, como alento, os espanhóis lembravam de 1989, quando sairam campeões da Recopa da Europa, em cima da samp.

Como podem ver, o barça entrou com um 3-5-2 ofensivo, tendo como ponto forte o meio campo, formado por Guardiola, Bakero e Laudrup. Koeman, como é característico, aparecia muito bem para jogar, muitas vezes compondo uma dupla de volantes com o jovem Guardiola. Isso também era possivel pois Eusebio e Juan Carlos se preocupavam com a marcação de Lombardo e Bonetti. As melhores investidas do barça saiam dos pés de Laudrup, sempre procurando Stoitchkov. O búlgaro fez o que quis com a partida, mesmo sofrendo forte marcação de Mannini e Lombardo. Os italianos fizeram uma partida muito equilibrada. Vierchowod e Cerezo fechavam a cabeça de area e Pari voltava muito para a marcação. As investidas dos italianos costumavam sempre sair dos pés de Lombardo, Bonetti e Mancini. Viali fazia sua presença de centroavante. Como do lado catalão, com Koeman, Vierchowod dava segurança e saida de bola.

A partida foi bem movimentada, o barça tinha maior domínio da posse de bola e um meio campo muito qualificado para acionar Stoitchkov. A marcação dos italianos era muito bem feita, e quando o barça encontrava um espaço criando uma boa jogada, logo os italianos respondiam, sempre pelos pés de Lombardo e Mancini. O carequinha italiano fez uma partida excelente: marcou, atacou, driblou, brigou. Nada faltou ao 7.

Na primeira etapa, chances claras só com Lombardo e Stoitchkov. Na segunda, Mancini cresceu no jogo e mostrou muita categoria para clarear Lombardo e Viali, que por duas vezes perdeu chances claras de gol. Stoitchkov seguia o melhor em campo e Laudrup tambem passou a acertar mais. Salinas, autor de um gol na vitória de 2-0 na Recopa, não fez boa partida, e na única que encontrou parou nas mãos de Pagliuca. Goikotxea entrou no seu lugar a 25' do final. Zubizarreta e Pagliuca, goleiros de Espanha e Itália, respectivamente, no mundial de 1994, mostraram-se seguros no místico Wembley.

0-0, tempo regulamentar. Engana-se quem pensa que a partida estava chata. Prorrogação era um bônus para o torcedor. No 30 minutos que seguiram a partida manteve a dinâmica. Nesse momento Vierchowod jogava na lateral direita para marcar Stoitchkov, pois Mannini já havia levado cartão amarelo, em falta sofrida pelo búlgaro. Invernizi entrou no lugar de Bonetti, e compôs uma dupla de volante com Cerezo. Pari fazia a marcação de Goikotxea pela esquerda e Katanec tentava sair para o jogo, sem efeito algum. Nesse momento a samp saia somente com Lombardo e Mancini.

Hristo Stoitchkov seguia infernal, tudo passava pelos seus pés na prorrogação. Até que aos 6' do segundo tempo da prorrogação, Invernizi comete uma falta muito contestada por todos italianos. Schmidhuber, árbitro alemão, marcou bola presa num lance que não ocorreu tal infração. Falta dois-toques, sinalizava o braço erquido. Na bola, Stoitchkov, Bakero e Koeman, o triângulo da Catalunha. Stoitch, crack histórico do Barcelona, artilheiro do time nos espanhóis conquistados: 90/91, 91/92 e 92/93, em 93/94 foi vice-artilheiro, ficando atrás de Romário, artilheiro do campeonato com 30 tentos. Koeman, outro histórico do barça, dava tranquilidade para o sistema defensivo e iniciava todas as jogadas com o então jovem Guardiola. Bakero? o autor do gol mais importante daquele campeonato até aquele momento. Foi contra o Kaiserlautern, na Alemanha. O barça havia ganhado a primeira partida por 2-0 e vinha perdendo de 3-0 para o atual campeão alemão, quando aos 44' do segundo tempo Jose Mari Bakero aproveita um lançamento de Koeman e converte de cabeça, colocando o barça na fase de grupos.

Voltando ao jogo... Stoitchkov rola para Bakero, que pisa para Koeman manda um derechazo sem chances para Pagliuca. Festa blaugrana. No que se seguiu, foi só um pouco mais da qualidade búlgara. Mais duas boas chances para Stoitchkov, que aproveitou bem o desespero italiano. 9’ de nervosismo italiano.

Fiesta a los culés!! a 30.000 culés que viajaron de routemasters!!!

No recebimento do caneco, os jogadores já haviam trocado a camiseta naranja pela tradicional. Alexanco, que entrou no lugar de Guardiola, logo após o gol, foi quem levantou a taça para os torcedores espanhóis. Na seqüência o presidente do clube e o capitão Zubizarreta foram os que levantaram la que se mira, pero no se toca.

Linda festa a um dos melhores times dos anos 90. E o coro para o holandês de jogo bonito: “vení vení, cantá conmigo, que un amigo vas a encontrar... que de la mano de Johan Cruyff, todos la vuelta vamos a dar!!”

No final do ano, o barça enfrentaria o São Paulo FC, pelo Intercontinental de Tókio. Toninho Cerezo, que já havia trabalhado com Telê Santana no Atlético-Mg, voltou para o Brasil, a jogar no tricolor do Morumbi.

E no Japão, todos já sabiam qual era o homem a ser marcado, porém, bastaram 13’ para um tal búlgaro voltar a brilhar...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Informação.

“Dizem que informação é poder, depende do tipo de informação, do que adianta eu saber quem foi o vencedor do Big Brother? Nada! E infelizmente é assim, a maioria dos veículos de mídia nos oferecem informações superficiais, enquanto as informações que realmente poderiam ser uteis estão guardadas, escondidaa a algumas chaves. Veículos manipuladores escondem as informações que poderiam dar poder a nós receptores, desta forma o que nos resta é selecionar e sempre buscar alternativas em relação aos dinossauros da mídia".

Gutemberg Mendes Tavares.

Uma Nação Carente de Heróis.

O povo brasileiro sempre encontrou nos esportistas de destaque, verdadeiros heróis, colocando-os em uma esfera acima dos demais ídolos de sua nação.

Enquanto os Norte-Americanos tem o Super-Homem, nós temos Pelé, João do Pulo, Airton Sena dentre outros. Sócrates não escapa a este dado, e devido a sua reconhecida intelectualidade pode ser prostrado como o líder desta “liga”.

Em sua crônica, “País de Poucos”, o agora Dr. Sócrates, observa o caráter individualista de nossos atletas que tem destaque no cenário mundial. Tal observação suscita reflexões.

Por que este individualismo, se enquanto nação, somos mais de 180 milhões?
...

Se os recursos destinados ao esporte brasileiro fossem mais bem distribuídos, a gama de heróis nacionais seria grande o suficiente para formar um exército.

Um exército grande o suficiente para se engajar, e no mínimo equilibrar a disputa contra as desigualdades sociais encontradas em nossa bela Nação.

Mesmo com destaques individuais, estes seriam tantos que não seriam mais vistos de forma individual, más sim como parte de um todo.

Quanto a Sócrates, com a bola se mostrou imponente, com as palavras e a caneta faz juízo ao nome recebido pelo pai.


Gutemberg Mendes Tavares.