Estudiantes Lembra do Galo Durante a Comemoração.

Na última quarta-feira o Cruzeiro, de Minas Gerais – Brasil – disputou a final da Copa Libertadores da América contra o Estudiantes de La Plata, de La Plata – Argentina. Em resumo uma disputa entre Brasil e Argentina, eternos rivais.

Analisando por esta ótica, seria natural que todos os brasileiros que gostam de futebol torcessem para o Cruzeiro, e todos os hermanos para o Pincha, apelido dado ao Estudiantes em referência as três conquistas consecutivas da Copa Libertadores, 1968, 1969 e 1970.

No entanto a rivalidade local falou mais alto que a continental. Assim torcedores do Atlético Mineiro, rival histórico do Cruzeiro, torceram para o Estudiantes de forma apaixonada. Será que os São-Paulinos e Gremistas também?

Estranho isso, brasileiros torcendo para Argentina. (...). O futebol é estranho... E apaixonante!

Com o apoio da torcida do Galo o Pincha desbancou a Raposa e as falácias de Kleber. O atacante que desperdiçou gols no primeiro jogo da final na Argentina, disse em entrevista no Brasil que os gols de lá não fariam falta aqui. Resultado, o Estudiantes jogou água no chope cruzeirense e tornou-se tetra campeão da libertadores em pleno “Mineirão” lotado.

Durante as comemorações o apoio dos atleticanos foi lembrado. Já na Argentina, durante um desfile em comemoração ao título, foi hasteada uma bandeira do Galo no carro onde estavam os jogadores do Estudiantes. Antes do jogo final o principal jogador e capitão do time argentino, Verón, foi visto com uma camisa do Galo.

Bandeira do Galo no carro onde desfilavam jogadores do Estudiantes.

Zezé Perrella, Presidente do Cruzeiro criticou os atleticanos. "Eles só comemoram com a camisa dos outros, já torceram pelo Borussia (na final do Mundial de 97) e agora torceram pelo Estudiantes”. “É a torcida arco-íris", emendou. O cartola, de forma irônica, ainda parabenisou o departamento de marketing do Galo. “O time não era conhecido lá fora porque não ganha nada, mas agora o Estudiantes desfilou com a bandeira deles".

São por essas e por outras que o futebol é apaixonante! Nele “tudo é válido”, até tripudiar na desgraça alheia e neste quesito não há espaço para “ética”.

Por Gutemberg M. Tavares

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