Por Juca Kfouri
As figuras de Carlos Nuzman e Orlando Silva Jr.
Não há limites para a voracidade do COB e do PC do B, que aparelhou e controla o Ministério do Esporte.Não há dia em que o “Diário Oficial” da União não traga a oficialização de gastos e mais gastos. O lema olímpico, “mais alto, mais forte, mais rápido”, que, aliás, ofende o movimento paraolímpico por motivos óbvios, encontrou nova definição diante do apetite gastador do COB e do ministério.
Mais caro, mais escandaloso, mais vergonhoso e muitos outros mais, entre estes, mais cínico, mais hipócrita, mais mentiroso e mais certo da impunidade.
Sim, porque, enquanto gastos desmedidos são aprovados até para comprar a roupa dos cartolas que viajam de primeira classe para cima e para baixo, vemos que nada do que se prometeu para o Pan-2007 foi de fato cumprido, além das notícias de que até quem embarcou no engodo de comprar apartamentos na Vila Pan-Americana, empreendimento capitaneado por amigo do rei, está querendo o dinheiro de volta devido à precariedade e à insalubridade da obra.
E o Tribunal de Contas da União, que ensaiou ser rigoroso, mais de um ano depois do fim dos Jogos, parece ter enfiado o rabo entre as pernas e aquietado.
Um saudável movimento de grandes empresários que queriam assumir o comando das ações foi devidamente sabotado pelo governo fluminense e pelo presidente do COB, transformando a dupla caótica Orlando Silva Jr./Carlos Arthur Nuzman num trio não menos terrível.
E tudo por um projeto que tem tanta chance de ser vitorioso como tem o sertão de virar mar e o mar de virar sertão.
Não bastassem os planos grandiosos de construção de estádios pelo país afora para a Copa de 2014, que, ao menos, deverá mesmo acontecer no país, temos que conviver com a fantasia olímpica. Enquanto isso, ginastas como Diego Hypólito e Jade Barbosa ficam ao relento, sem patrocínio e sem clube, para não falar da educação, da saúde etc.
Márcio Braga, o original, não o que está aí, um dia disse que João Havelange tinha casado a filha com o presidente errado, alusão ao matrimônio dela com o cartola da CBF, e não com o então mandachuva da CBV.Hoje, provavelmente, não diria mais. Porque, depois de ter brilhado no vôlei, Nuzman virou uma caricatura perfumada de si mesmo no COB, à altura das trapalhadas de Ricardo Teixeira, com quem não se dá.
E Orlando Silva Jr., ao carregar a mala de um cartola para cá e do outro para lá, enrola-se nas Timemanias da vida, de fracasso em fracasso, um bolerão digno do saudoso cantor das multidões. Nunca dantes neste país…
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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Um comentário:
Acredito que o Orlando está fazendo o possível e é papel dele de melhorar o esporte nacional, acontece que pra fazer isso é preciso de vontade política não só dos governantes. Temos que falar primeiro de decadas de maus administradores dos clubes de futebol que hoje estão na falencia, dirigentes de entidades maiores do desporto como COB,CBF e outras ligas que não dão liga"desculpe o trocadilho" e etc..Seria muito simplista a gente só criticar um Ministro que busca alternativa para melhorar o esporte no país, o que temos que entender que a nossa cultura de esporte é que vem sendo equivocada desde que se criou o esporte aqui no Brasil.Acredito que o Orlando não é o salvador da patria, mas pelo menos enquanto as pessaos criticam ele está tentando melhorar no que cabe a sua parte o esporte no Brasil..
Auriel Filho
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